quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Um ano sem Hosni Mubarak no Egito


Inspirados no sucesso da revolução na Tunísia, os egípcios foram as ruas
a partir do final de janeiro de 2011. Em apenas 18 dias, durante os quais
permaneceram insistentemente na Praça Tahrir (da Libertação), no centro da
capital, Cairo, o regime de Hosni Mubarak ruiu. Após tentar manobras para se
manter no poder, ele anunciou a renúncia no dia 11 de fevereiro, colocando fim
a três décadas de ditadura no país.
A renúncia foi largamente comemorada nas ruas do Egito. Meses
depois, Mubarak adoeceria, seria internado e, mesmo em uma cama
hospitalar, acabaria sendo levado a julgamento. A imagem de um ex-
presidente frágil e doente, deitado atrás de grades, chocou o mundo.
Mas o processo contra Mubarak, que responde por acusações de
corrupção e violência contra os manifestantes, ainda não terminou.
No final de novembro, os egípcios começaram a ir às urnas, tentando buscar
uma saída para os confrontos, que ainda aconteciam nas ruas. O Conselho
Supremo das Forças Armadas, formado pelos militares que governam o
país interinamente, enfrentou uma série de protestos, pressionando pela rápida
transição para o governo civil. As manifestações, porém, ganharam caráter
violento pouco mais de uma semana antes das eleições parlamentares,
ameaçando o pleito. Mesmo com a praça Tahrir novamente lotada - e com
violentos enfrentamentos entre os manifestantes e as forças de segurança -
o Exército manteve a decisão de ir adiante com a votação.
A pressão popular, porém, gerou resultados. Os militares afirmaram que a
esperada transição para um governo civil ocorrerá até julho de 2012. Além
disso, o gabinete formado pelo Exército renunciou, forçando a nomeação de
um novo primeiro-ministro. Enquanto isso, o Conselho, liderado pelo marechal
Hussein Tantawi, procura atenuar as manifestações do povo egípcio, que
prometeu uma "segunda revolução" caso os militares tentem permanecer
no poder. Apurações apontam a vitória da Irmandade Muçulmana, partido
islâmico, no pleito, que ainda não chegou ao fim.

Fonte
G1

Um comentário:

  1. Acusado de corrupção e de envolvimento no assassinato de mais de 800 manifestantes durante a revolta popular que antecedeu sua queda, o “Rais” poderia ser condenado à morte, como pediam os promotores.em vez da pena de morte Hosni foi condenado a prisão perpetua como forma de acalmar os ânimos da cidade as vésperas das eleições presidências, ou seja a revolução levou abaixo seu primeiro lider por ter se tornado um dos piores ditadores da historia do nosso planeta
    8°I grupo 1

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