O Grupo Cultural Olodum
foi fundado por moradores da Rua Maciel Cima, no bairro do Pelourinho,
Salvador, Bahia, em 25 de abril de 1979. Nasceu como um bloco de carnaval
estilo afro, mais tarde se tornaria uma organização não-governamental (ONG) do
movimento negro brasileiro reconhecido como de utilidade pública pelo governo
do estado da Bahia.
O sucesso comercial do
Grupo Cultural Olodum começou com a gravação do primeiro disco Egito,
Madagascar, em 1987. Os discos subsequentes foram produzidos pelo próprio Grupo
que, a cada dia, crescia no controle artístico de todas as suas atividades,
como shows e turnês internacionais. O grupo passou a ser conhecido
internacionalmente como um grupo de percussão afro-brasileira.
Em 1990, o Grupo Olodum participou da música
The Obvious Child, faixa do disco The Rhythm of the Saints, de Paul Simon
(cantor e compositor norte-americano de folk e rock) e do videoclipe que foi
gravado no Pelourinho. Esse videoclipe foi exibido em vários países do mundo,
abrindo portas para o sucesso internacional do Olodum que passou a gravar com
outros consagrados músicos nacionais e internacionais.
O Olodum é uma ONG,
entidade sem fins lucrativos e, ao mesmo tempo, é uma empresa. O Grupo Cultural
Olodum é a unidade central que comanda as decisões através de uma Diretoria
Executiva eleita por voto direto para executar o mandato de três anos, podendo
ser reelegida. Dessa unidade central, surgem duas divisões: a Fundação Olodum,
sem fins lucrativos e o Bloco Olodum, empresa do grupo.
O Grupo Cultural Olodum
desenvolve ações de combate à discriminação racial, procura elevar a estima e o
orgulho dos afrodescendentes e luta para garantir os direitos humanos e civis
dos excluídos, não só no estado da Bahia, mas em todo território nacional. A
luta do Grupo Cultural Olodum serve de exemplo para outros grupos de
afrodescendentes.
As cores do Olodum são
conhecidas internacionalmente como as cores da diáspora africana e representam
uma identidade internacional contra o racismo e a favor dos povos descendentes
da África. O Olodum é representado pelas cores: verde, vermelho, amarelo, preto
e branco que são cores do Pan-Africanismo, sintetizadas da seguinte maneira: o
verde, as florestas equatoriais da África; o vermelho, o sangue da raça negra;
o amarelo, o ouro da África; o preto, o orgulho da raça negra; o branco, a paz
mundial. A palavra Olodum é de origem yorubá e, no ritual religioso do
candomblé, significa Deus dos Deuses ou Deus maior.
Rogério Filho
G2
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