O bloco
carnavalesco Ilê Aiyê é um dos blocos-afro que mais contribuíam para o
desenvolvimento pleno e abundante do carnaval afro da Bahia. Os batuques dos
tambores e o timbre forte das vozes do Ilê Aiyê se potencializam e mostram o
Carnaval de Salvador na plena flor de sua tradição africana profundamente
arraigada por raízes negras no solo fértil do Recôncavo Baiano.
O bloco carnavalesco
Ilê Aiyê já engrandeceu o Carnaval Baiano com os mais belos shows na história
desse estado. Na sua trajetória de mais de 25 anos, o Ilê Aiyê conseguiu de se
consolidar como elemento fundamental de toda a cultura africana do carnaval da
capital baiana. As vozes retumbantes e os batuques rítmicos afirmam a mãe África
no coração da Bahia. O que caracteriza mesmo a alegria do Carnaval da Bahia é
sua jovial africanidade.
Entre as
apresentações do bloco, algumas fizeram o maior sucesso, como por exemplo, a
primeira música do grupo, "Que Bloco é esse", de Paulinho Camafeu, de
1974. Outros grandes sucessos são "Deusa do Ébano", "Depois que
o Ilê Passar", "Charme da Liberdade", "Décima Quinta
Sinfonia", "Exclusão" e "Viva o Rei". Assim o elemento
africano do Carnaval Baiano sempre tem sido um grande sucesso artístico que vem
agradando à população pela vivacidade de sua expressão musical.
A riqueza
sonora e plástica do Ilê Aiyê é atração no Carnaval de Salvador. Hoje em dia,
mais de 3 mil pessoas estão associados ao Ilê Aiyê, trabalhando ativamente na
manutenção desta tradição carnavalesca, que muito contribuiu em resgatar a
história do negro no Brasil. Assim. Um pouco da história africanizada, ou se
preferir, da historia abrasileirada do negro no Brasil, se tornou parte do patrimônio
artístico cultural da Bahia, cujas tradições culminam todo ano no mais
espetacular de todas as festas do Recôncavo, isto é, no Carnaval de Salvador.
Comentário do
Grupo:
O Ilê Aye, assim
como outros blocos-afro, como o Olodum, procura manter viva a cultura africana,
e relembrar a sociedade baiana o que os escravos trouxeram para o Brasil. O
bloco já possui 25 anos e continua crescendo, hoje contam com 3.000 membros, e
embelezando o carnaval baiano com sucessos musicais que lembram os ritmos
trazidos da África.
G3