segunda-feira, 21 de maio de 2012

Sudão declara estado de emergência



Sudão declara estado de emergência em fronteira e expulsa 12 mil para o Sul Medidas
chegam dias após escalada nos conflitos entre os dois países africanos.

As medidas chegam após dias de uma escalada nos conflitos entre os dois países
africanos.

O estado de emergência passa a valer nos distritos de fronteira dos Estados de
Kordofan do Sul, Nilo Branco e Sennar, indica a agência de notícias estatal Suna.

Em outro desdobramento, o Sudão do Sul anunciou a retirada de suas tropas da região
de disputa em Abyei. O país chegou a ocupar as instalações petrolíferas de Heglig por
dez dias, mas retrocedeu.

Após uma sangrenta guerra que durou quase 20 anos e matou mais de 1,5 milhão, o
Sudão e o Sudão do Sul se separaram no ano passado e desde então vêm mantendo
confrontos em torno das fronteiras e dos campos de produção de petróleo, principal
fonte de renda das duas nações.

O estado de emergência "dá ao presidente [do Sudão] e a qualquer um dentro de seu
mandato o direito" de estabelecer tribunais especiais em parceria com o chefe de
Justiça, diz a agência Suna. ]

Mais cedo, tropas dos dois países mantiveram confrontos na fronteira, informa Andrew
Harding, correspondente da BBC que está no local. Ele diz que as forças sul-sudanesas
dispararam contra helicópteros do Sudão, o que levou a uma resposta das tropas do
Norte.

Mais de 12 mil pessoas de origem sul-sudanesa terão que abandonar suas casas no
lado sudanês da fronteira dentro de uma semana, anunciou o governo do Norte neste
domingo.

Eles fazem parte de um grupo de uma população estimada em 350 mil que se mudou
para o Norte em 2002 em busca de trabalho após um acordo de paz. Segundo os
detalhes do acordo havia um prazo para que eles regularizassem sua situação ou
deixassem o país.

No sábado, o Sudão prendeu quatro estrangeiros (um sudanês do sul, um sul-africano,
um britânico e um norueguês) por terem supostamente entrado de forma ilegal no
campo de produção de petróleo de Heglig -região de disputa entre os dois países.

A missão da ONU no Sudão do Sul disse que os quatro eram trabalhadores humanitários
envolvidos na retirada de minas terrestres da região e que não estavam nas
proximidades das instalações petrolíferas. Um deles trabalha nas Nações Unidas.

Os quatro foram levados à capital sudanesa, Cartum, para investigações. A empresa de
um deles diz que os funcionários trabalham na remoção de minas terrestres, possuem
imunidade da ONU e estavam em território sul-sudanês.

Fonte: BBC Brasil - Todos os direitos reservados.

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