Blog da 8ª série I do Colégio Antônio Vieira, referente à África. 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Revolucionários da Egípcia
Próximos dias 23 e 24 de maio, os egípcios irão a votos nas primeiras eleições
presidenciais, desde que a Revolução derrubou o ditador Hosni Mubarak, no
ano passado
Os Socialistas Revolucionários estiveram no coração do movimento
para aprofundar a revolução e remover os restos do regime Mubarak.
Aqui, o manifesto que lançaram esta semana, sobre sua posição para
as próximas eleições.
Não é possível analisar as próximas eleições presidenciais fora do
quadro das tentativas desesperadas que o Conselho Militar sempre
fez para abortar a Revolução. Tal começou com o referendo sobre
emendas à Constituição. Depois, vieram as eleições parlamentares,
nas quais se elegeu uma maioria de forças políticas que formarão
governo para ignorar os objetivos da Revolução – embora devam a
própria vitória eleitoral aos revolucionários. A prioridade, para aquela
maioria, é extinguir as leis de divórcio, legalizar castigos corporais
como punição para crimes contra a propriedade e proibir greves. A
maioria não pensa em dar pão, liberdade e justiça social aos mais
pobres. Os muitos obstáculos a serem enfrentados pelos candidatos
(reunir 30 mil assinaturas em 15 estados); a formação de uma comissão
do próprio Comando Militar, para supervisionar as eleições (o que
implica que as suas decisões não poderão ser contestadas, nos termos
do artigo 28 da Constituição);e a atuação incansável da poderosa
máquina contrarrevolucionária dos media e do aparato governamental
e administrativo mobilizada para defender os militares, tudo isso mostra
que o regime de Mubarak busca apenas renovar-se, e que passa agora
da defesa, ao ataque.
Os socialistas revolucionários entendem que nenhuma mudança
genuína poderá ser feita por nenhum presidente; e que só será feita
pelo próprio movimento popular revolucionário – que afinal rompeu
irreversivelmente a barreira do medo, e que conquistará seus direitos na
onda revolucionária que prossegue nas muitas greves que se vêem por
todo o país.
Fonte: esquerda.net Todos os direitos reservados
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