segunda-feira, 21 de maio de 2012

Religião


Aos olhos do leigo, Umbanda e Candomblé são duas formas de denominar um mesmo culto. Mas na verdade, são duas religiões distintas, unidas apenas pelas roupas, pelos atabaques e pelo uso
do transe mediúnico. A começar pelas origens, o Candomblé é uma religião africana que existe desde os tempos mais remotos daquele continente e foi trazida para o Brasil através do fluxo da escravatura. Escravos de diversas tribos e nações Africanas continuaram a cultuar no Brasil os Orixás negros, suas divindades, e estiveram na origem da criação das chamadas “Casas de Santo” (Ilê), onde continuaram com os seus rituais e preceitos Africanos. As diversas origens das tribos, e as diversas regiões do Brasil onde se implantaram, deram origem às diversas Nações do Candomblé, onde o Ketu é tido como o mais tradicional.

A Umbanda, é até ao momento, a única religião criada no Brasil, foi fundada em 1917 na cidade de Niterói e reúne na sua filosofia, conhecimentos do Catolicismo, do Kardecismo, do Budismo, do Islamismo e do Candomblé, de onde tirou a forma de vestir dos
médiuns (roupas de baianas), o uso dos atabaques (instrumentos de percussão) e a nomenclatura de sete dos Orixás (Oxalá, Iyemonjá, Oxun, Xangô, Oxósse, Exú e Nanã) – adoptando também para estes Orixás cores diferentes das utilizadas no Candomblé. A Umbanda portanto advém do sincretismo católico-feiticista, necessário numa época de grande repressão das religiões africanas no Brasil, em que era proibido o culto dos Orixás na sua forma de origem, e esta adaptação tornou-se necessária…
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O texto acima fala sobre as duas maiores religioes afro-brasileiras, a Umbanda e o Candomblé, criadas pelos africanos a fim de sobreviver e cultivar a sua cultura de forma que os colonizadores não percebessem. Ao chegar no Brasil a maioria dos escravos eram batizados recebendo nomes cristãos, alem disso era comum padres visitarem as propriedades para rezar missas, batizar crianças (escravas as vezes), enfim pregar a fé catolica. Mesmo com o esforço dos colonizadores, os africanos resistiram a opressão, sua fe católica era apenas superficial, ou seja, faziam aquilo apenas para fugir de castigos. Alguns santos, como Santo Antonio, se popularizaram entre os negros que o aderiram a suas
crenças.

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